BEM VINDOS!

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Neste blog, postarei reportagens, atividades que realizei em sala de aula, atividades postadas em outros blogs, atividades retiradas de livros.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009





PROFISSÃO MESTRE


PROFESSOR EDUCADOR

Redação


O texto desta semana é de Gabriel Chalita, professor universitário, membro da Academia Paulista de Letras e ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo.

“É comum, no período que antecede o início das aulas, as crianças terem uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Elas têm a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem – é a aventura do aprendizado.

Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, nos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.

Em uma leve viagem ao passado, rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses educadores que a pessoa se lembrará ao longo da vida.



Escolha


Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão exercendo a profissão de estar ali e nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado e esperando o fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.

Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor – palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos – é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.



Exercício


Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de História, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, propositadamente, errava e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.

Talvez, um exercício interessante para o professor, seja o das lembranças. Lembrar de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores e, de repente, ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.



E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente, mas essencial para quem educava: gostar de viver.



Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor. Quem gosta de viver, educa!”

Um comentário:

Ana Paula Ruggini Zarpelon disse...

Excelente post!! Graças a Deus não me incluo na parcela de professores que sentam e esperam a aposentadoria! Tenho orgulho de ensinar e aprender com as crianças ano após ano.

Beijos!