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terça-feira, 7 de outubro de 2008

continuando o 4º encontro


Norma culta

Par a os primeiros intelectuais que se dedicaram ao estabelecimento de regras gramaticais, a variação era um “problema”, era um “defeito” da língua, que precisava ser corrigido. Como admiradores da grande literatura do passado na sua opinião, essa moralidade de língua, a escrita literária consagrada, é que deveria servir de modelo para toda e qualquer pessoa “culta” que quisesse se expressar de modo “socialmente aceitável” em grego.
Esse modo de ver os fatos da língua só começou a ser criticado com o surgimento da lingüística moderna ( século XX ), que pretende ser uma visão cientifica da linguagem, um estudo discutido e explicativo de todos os aspectos da língua. ( Fascículo 5, Pag. 16 a 18).
Diante da multiplicidade de variedades lingüísticas presentes em qualquer pais, o processo de constituição de uma norma-padrao representou, obrigatoriamente, uma seleção. Foi preciso escolher uma das muitas variedades lingüísticas para receber o titulo de “língua oficial”. O mais comum é que essa escolha recaísse sobre a variedade lingüística do centro de poder. Assim, a variedade de português da região central de Portugal é que vai se transformar na norma-padrao do português, não por ser a mais “bonita” mais “perfeita” mais “elegante”, mais “refinada” que as outras e sim por critérios ideológicos e políticos de quem esta no poder.
Depois de eleita a variação lingüística que servira de base para a elaboração da norma-padrao, essa variedade vai precisar responder a todas as exigências de uma língua literária, de uma língua de ensino, de uma língua oficial, de uma língua que será veiculo da ciência, de uma língua institucionalizada. Para isso é preciso criar um modo único de escrever essa língua ( ortografia oficial); catalogar o repertorio lexical dessa língua (dicionários), que se preocupam basicamente em listar e definir as palavras que pertencem as variedades de maior prestigio social e cultural; criar novos vocábulos, para que a língua se torne veiculo de uma cultura egotista, acadêmica; estabelecer as regras de uso “ correto” da língua ( gramáticas normativas ) e por fim, criar instituições que divulguem e preservem essa língua padronizada ( função principal da escola, dentro de uma visão tradicional de ensino de língua) . (Fascículo 5 pag. 18 a 19).
NESSE ENCONTRO FOI REALIZADO :

. leitura e análise em grupo dos temas; preconceito lingüístico, A variação lingüística e norma culta;
. Reflexão individual sobre; o que é ser um bom falante ?
. Analise das falas dos personagens Chicó do filme: o alto da compadecida. ( Chicó é compreendido mesmo não falando de acordo com a norma culta.

Considerações do encontro

A língua não se encontra isolada de outros aspectos da sociedade, como valores, normas e condutas individuais e coletivas dos membros das comunidades. Por isso, a língua é um todo, coeso e coerente, e o individuo incluso nela, desde seu nascimento, apreende e absorve as diferenças e semelhanças nas falas de seus sujeitos, formando assim a pluralidade de linguagens. Essa pluralidade fez surgir a criação de normas sociais que atribuíram à língua um status de superioridade às demais variedades. Classificando - a de norma culta. O não uso dessa norma culta pela grande maioria dos indivíduos da sociedade menos favorecida provocou o preconceito lingüístico. E a variedade escolhida como culta foi a utilizada pelas classes de maior prestigio econômico, cultural e político. Surgindo com isso, a afirmação de que a forma “correta” da língua é a culta e as demais, passou a ser “erradas” e por isso, não devem ser usadas ( faladas). Esse uso correto da língua passou a ser conhecido com gramática normativa.

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