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terça-feira, 7 de outubro de 2008

TEXTO COMPLEMENTAR

Para falar e escrever com adequação : As variedades lingüísticas (I)

Pronuncie em voz alta estas palavras: recife, Olinda, coração.
Dependendo de sua região, você pronunciou a primeira silaba das palavras com vogais abertas (ré, ó e có) ou com vogais fechadas (rê , ô e cô ). No nordeste, por exemplo, essas palavras são pronunciadas com vogais abertas; já no Sudeste, são pronunciadas com vogais fechadas. As duas formas de falar são corretas.
QUER ENTENDER POR QUE ISSO ACONTECE?


A COLONIZAÇÃO INTERFERIU NA FALA DO BRASILEIRO.

POR QUE O SOTAQUE MUDA CONFORME AS DIFERENTES REGIÕES DO PAIS ?

O principal fator que influi no sotaque de uma região é a língua falada pelos povos nativos e por aqueles que migraram para lá. No Brasil, os colonizadores vieram de muitos lugares, alterando a forma de falar em diferentes partes do pais. Algumas influencias foram fortes e mais ou menos homogêneas, como é o caso dos negros, principalmente os bantos. Na língua banto não existem palavras com duas consoantes. Graças a essa influencia, muitas vezes pneu transforma-se em peneu e advogado vira adevogado.
“infelizmente a influencia lingüística da imigração no Brasil é pouco estudada”, explica lingüista Margarida Petter, da Universidade de São Paulo.
Ninguém pesquisou ate agora, os detalhes que compõem a forma de falar de cada região. Mas há formas de falar “que já podem ser relacionadas com os povos que habitaram determinada área “ , diz o lingüista Flavio Di Georgio, da Universidade Católica de São Paulo (veja alguns exemplos no quadros abaixo).

PERNAMBUCO: Os holandeses permaneceram por um longo tempo em Pernambuco, onde deixaram forte influencia. Veio deles o R chamado glotal, pronunciado forte na parte de trás da garganta, como nas línguas germânicas. Já o R falado na Bahia é semelhante ao R do carioca, aspirado, proveniente da colonização portuguesa .

SANTA CATARINA: O estado foi colonizado pelos açorianos que falavam “cantando”. Depois chegaram os negros, que pronunciavam as vogais de forma mais aberta. A mistura fez a fala dos catarinenses, principalmente os de Florianópolis, ficar mais melodiosa. A influencia alemã, tardia, mexeu no vocabulário, introduzindo palavras germânicas. No Rio Grande de Sul, a colonização de portugueses do continente foi intensa, atenuando o falar cantado dos açorianos. O resultado é que os gaúchos “cantam”, mas o pessoal de Florianópolis “canta” muito menos.

SÃO PAULO: No interior do estado fala-se um R bastante acentuado, chamado retroflexo (quando a parte de baixo da língua bate atrás dos dentes), como o R dos caipiras. São resquícios da fala dos indos tupis, adotada pelos bandeirantes. Essa pronuncia ainda se espalha pelo sul de Minas e por Goiás. Na capital paulista, a forte a forte influencia italiana acentua a letra T , chamada alveolar ( na pronuncia, a língua fica atrás dos dentes superiores ), diferente do T chiado dos cariocas.

RIO DE JANEIRO : O R aspirado e o S chamado palatal ( para pronunciar encosta-se o dorso da língua no céu da boca) são uma herança da transferência da família real portuguesa para a região, em 1808.
Como toda a corte falava assim, essa passou a ser a forma mais correta e adotada pelos moradores da época.

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