BEM VINDOS!

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Neste blog, postarei reportagens, atividades que realizei em sala de aula, atividades postadas em outros blogs, atividades retiradas de livros.

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Auto - avaliação

Durante todo o decorrer do curso, pude vivenciar experiências espetaculares com a língua materna de toda gente. Descobrir as várias variantes linguisticas, e a importancia que nós professores damos ao uso da norma culta em detrimento de um padrão determinado por uma minoria que se diz detentora do poder intelectual. Nos esquecendo com isso, de valorizar a linguagem de muita gente que senta nos bancos da sala de aula exatamente tentando se adequar às imposições da sociedade que com suas normas, massacra a língua que na realidade são seus usuários quem a sustenta, não somente com a força braçal, mas sobretudo com o poder da comunicação.

Percebi que, o que é erro hoje um dia poderá ser acerto. E que, como educadora, devo possibilitar aos alunos o domínio da norma padrão culta, no que diz respeito à esrita e não à fala.

Percebi também que a fábula de Esópo e a língua nos tráz uma confirmação real da importancia da linguagem na comunicação humana.

ESOPO E A LÍNGUA


Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um
conhecido chefe militar da antiga Grécia.

Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os
males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião
sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude
da Terra está à venda no mercado.

Como? Perguntou o amo surpreso. Tens certeza do que está falando?
Como podes afirmar tal coisa?

Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá
e trarei a maior virtude da Terra.

Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos
voltou carregando um pequeno embrulho.

Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua,
e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.

-- Meu amo, não vos enganei, retrucou Esopo. -- A língua é, realmente,
a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer,
aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são
divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos
poetas se tornam conhecidas de todos.
Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?

-- Boa, meu caro, retrucou o amigo do amo. Já que és desembaraçado,
que tal trazer-me agora o pior vício do mundo.

-- É perfeitamente possível, senhor, e com nova autorização
de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei
o pior vício de toda terra.

Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos
voltava com outro pacote semelhante ao primeiro.

Ao abri-lo, os amigos encontraram novamente pedaços de língua.
Desapontados, interrogaram o escravo e obtiveram dele
surpreendente resposta:

Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua,
bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a
planos inferiores se transforma no pior dos vícios.
Através dela tecem -se as intrigas e as violências verbais.

Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas,
podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões
infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões
populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis
refutar o que digo? -- Indagou Esopo.

Impressionados com a inteligência invulgar do serviçal, ambos os
senhores calaram-se, comovidos, e o velho chefe, no mesmo instante,
reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo,
deu-lhe a liberdade.



E que apesar de adultos, já experientes com a fala:

Temos dificuldades para aceitar o novo. O professor então! Formado por uma educação tradicional que conseguiu plantar em seu interior, lá no seu amâgo , que o conhecimento é propriedade sua( professor/detendor) e que o aluno é um mero telespectador no teatro das salas de aula e , dos livros cheios de conceitos considerados corretos, onde a gramática é quem impera com suas normas irrredutiveis em seus pré-conceitos de linguagens redundantes. Enraigando com isso, também no aluno, a concepção mesquinha de que, certo é o que já está escrito e errado talvez seja o que ele mesmo produz, cria, mediante suas experiências de vida adquiridas no seu dia - a -dia de cidadão que corre, pula amarelinha e corda, canta ciranda cirandinha e a dança da carrapeta, dança, brinca de pic esconte, solta papagaio, e joga biloca, assalta, briga, agride, etc. ´
É uma realidade cheia de surpresas. E nós achamos que o aluno não sabe falar de violência, nem muito menos ler um texto mais complexos, porque o substimamos. E porque fazemos isso?
Pena, que o curso está terminando. Pois as falas de todos os participantes e da tutora acrescentaram em mim certezas que provocaram a abertura de horizontes em relação aos alunos com o qual convivo durante 200 dias letivos, e a postura que devo ter diante das mais variadas experiencias trazidas por eles para a sala de aula, lugar de trocas, de debates, de discórdias, de experimentos.
Agradeço a Deus pela oportunidade que me deu de participar desse curso. Agradeço aos colegas que durante todo o curso estiveram presentes, contribuindo com suas experiências e à Adriana por ter sido paciente, sábia em responder os questionamentos surgidos durante as aulas.
Obrigada!
Que o amor de Deus esteja em nossos corações aonde que estejamos.
Que andemos como Cristo andou: amando uns aos outros. Sem julgamentos, sem condenações.
A

2 comentários:

sadrianna disse...

Oi,Lindalva!
Passei por aqui rapidamente! Volto depois para avaliar o seu blog!
Abraços,
Adriana.

sadrianna disse...

Oi,Lindalva!
Sua auto-avaliação está ótima!Você só esqueceu de colocar sua nota.Faça isso,por favor!
Abraços,
Adriana.